Encontro no pólo

Foi muito bom os retornos dados pela profª Suzana sobre nosso desempenho na interdisciplina, como também o reencontro com as colegas. Com certeza, nosso caminho está mais tranqüilo, há alguns tombos, mas levantamos e seguimos adiante. Já sinto que aprendi tanto... Já começo a ver meu trabalho por outros ângulos, quem sabe ousar mais... Espero que passada a ansiedade inicial, a injeção de ânimo, o lúdico do curso permaneça, pois esta caminhada está apenas começando. E para as colegas que ainda estão um tanto quanto assustadas, acredito que logo, logo as certezas aumentarão pois não podemos esquecer que a tecnologia é mais uma ferramenta para alcançarmos nosso objetivo que é a nossa formação de educadoras....

Sucesso a todas!!

Relações de poder

Ao ler o comentário que a profª Su postou sobre minha análise sobre hierarquia, refleti sobre o assunto e concluí que em minha primeira análise falei sobre relações de poder onde há "diferenças de classe/cargos", agora, parei e lembrei-me das vantagens concedidas aos mais antigos dentro de um quadro funcional por exemplo, começando com o plano de carreira vigente que concede avanços por antigüidade(tempo de serviço) e merecimento(cursos, capacitações), pelo menos na rede em que eu trabalho funciona assim. E dentro da própria escola, já participei de momentos "democráticos" onde os mais antigos escolhiam, opinavam primeiro. Realmente, quando se precisa um critério, este torna-se um dos menos questionáveis, pois considera-se tempo= experiência. No entanto já vi colegas rebelarem-se com este privilégio. Confesso que ainda considero ( dentro de meus paradigmas) uma forma de valorização à experiência adquirida. mesmo assim, foi bom me dar conta que só estava pensando em relações "verticais" onde já há um poder instituído por funções atribuídas e não "horizontalmente", entre iguais, ou seja entre colegas.

Hierarquia/Poderes

Pensando em minhas experiências profissionais,(todas ligadas à educação pública) fiquei pensando que comparando com outros setores ainda temos maior poder de opinião (nem sempre de decisão). Já passei por diversas situações onde prevaleceu o peso de um cargo sobre uma decisão, não sendo a mais justa. Porém mesmo na sala de aula, há ainda professores que confundem autoridade com autoritarismo. É claro que o professor deve ser visto (e trabalhar para isso) como uma autoridade, um líder, um profissional capacitado que se qualifica e busca um trabalho voltado para um efetivo processo educacional. No entanto ainda mexem comigo aquelas conversas da hora do cafezinho, dos bastidores da escola, quando vemos "colegas educadores" vestirem a camiseta do autoritarismo, jogarem com o poder que tem em termos de ensino, avaliação e reprovação. Doeu ouvir de uma profª que com ela ninguém tira 10. Vangloriava-se de trabalhar com disciplinas temidas como Matemática e Física. Esconde-se por trás dos "deuses" da reprovação. Esta questão de domínio do professor em relação a sua turma mostra a grande insegurança do profissional que teme ser questionado, acredita que o conhecimento que possui lhe dá direitos sobre os alunos, e que estes só tem deveres. O mais interessante, é que neste caso específico, a profª também tem dificuldade em obedecer ordens da direção ou combinações com colegas. É notório então a dificuldade em lidar com questões de hierarquia e poder. Ora, se acredita que é superior aos alunos, deveria aceitar que é inferior a outros...

Felizmente, desta maneira gritante, estão sendo extintos. No entanto, há muitos casos de professores democráticos até certo ponto, pois não aceitam que invadam um território que acredita ser dele, como avaliação, considerada ainda uma arma.

É necessário que os professores se desarmem, percebam seu caráter de facilitadores da aprendizagem, mediadores do conhecimento, que não precisam ter uma postura dominadora em relação aos alunos, que é relacionando-se com respeito, igualdade que conseguiremos atingir melhor nossos objetivos.

visitas a outros blogs

Amei circular pelos blogs de meus colegas, além de ver maravilhas em termos de apresentação das atividades (estão muuuuito atrativos!), o conteúdo das reflexões e análises está muito bom. Li muita coisa que não havia pensado, e me dei conta que de repente presencialmente não perceberia tão claramente a posição de alguns colegas como olhando este diário virtual. Pelo blog podemos perceber o quanto avançamos, e mais do que nos outros ambientes a troca existe. Quando a profª Su apresentou a disciplina e falou sobre os blogs parecia um bicho de sete cabeças, agora, para mim é a interdisciplina que mais me sinto a vontade, há sempre comentários das colegas, da profªe tutoras. Fica como sugestão às outras interdisciplinas aproveitarem mais o espaço.