O conto da Ilha Desconhecida

O Conto da Ilha Desconhecida
Primeiramente gostaria de salientar que fiquei entusiasmada com a leitura de estudo, pois só conhecia José Saramago pela fama de ter uma escrita diferente e profunda. Ao realizar a tarefa do Seminário Integrador a vontade de conhecer sua obra aumentou. Então, quando vi que seria a primeira leitura das novas disciplinas, logo a imprimi para ler.
Já no primeiro parágrafo, gostei da riqueza de detalhes descrita e da forma diferente como o autor apresenta os diálogos.
Quanto ao conteúdo lido, de início admirei o modo como aquele homem chegou até o palácio. Podemos notar que não foi uma atitude precipitada e sim bastante planejada, visto que encontraria pela frente uma tarefa difícil, mas não impossível. A primeira vitória seria ser atendido diretamente pelo rei, a segunda ter atendido o seu pedido, que era a instrumentalização necessária para a busca de seu sonho, a Ilha Desconhecida. Com certeza o rei, mesmo desacreditando-o, atendeu o seu pedido pela ousadia e determinação que viu neste homem. Determinação esta, que surpreendentemente contagiou e desacomodou aquela senhora. Este sonho já não era mais só daquele homem e sim de quem o havia pego para si. Ao encontrar maiores dificuldades, foi esta, que o incentivou, que o fez perceber o quanto este sonho era grande e não podia ser abandonado, pois agora ela também o partilhava. Isso me faz associar o nosso trabalho de educador, quantas vezes nós contagiamos nossos alunos com nossas crenças (boas ou não) tornando-se responsáveis por “tê-los cativado”. Com certeza se aquele homem tivesse discursado sobre seu sonho tentando convencer a mulher a interceder por ele junto ao rei, não teria tido o mesmo resultado. O que a moveu a sair pela porta das decisões foi o seu exemplo.
Como profissional da educação penso bastante sobre quais lições deixarei para meus alunos. Sou professora realmente porque amo o conhecimento e me encanta a maneira como se dá neste espaço e relacionamento escolar. É gratificante ver o resultado de teu trabalho mediando o saber e ver o quanto faz bem aprender. Por isso quero que meus alunos também levem de mim o entusiasmo na busca de um sonho, a ousadia, a coragem. Espero durante todo este curso “sair um pouco da ilha que sou” para analisar-me melhor, crescendo como profissional e ser humano, exercitando coragens, ousadias, permitindo-me sonhar, apropriar-se dos sonhos de meus colegas e partilhar os meus. Sempre é tempo de ir em busca de algo que se quer muito!