Karl Marx e Friedrich Engels

Karl Heinrich Marx nasceu na Alemanha em 5 de maio de 1818. Foi o segundo de oito filhos de advogado da classe média, convertido ao protestantismo. Excelente aluno estudou Direito, Filosofia e História. É um dos maiores nomes da Sociologia. Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel (Georg Wilhelm Friedrich), um dos mais influentes filósofos alemães do século XIX. Começou a conhecer os problemas econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista. Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o que começou a incomodar a classe dominante da época. Militante revolucionário, conclamava a população a se rebelar contra o sistema capitalista que empobrecia cada vez mais a classe operária. As teorias de Karl Marx mudaram radicalmente a história política da humanidade. Suas idéias orientaram parte do mundo a executar uma revolução socialista, na intenção de tornar mais justa a distribuição de rendas, princípio básico do comunismo. Ninguém melhor do que ele analisou seu tempo e as manifestações daquele tempo, como a emergência da burguesia e do proletariado e o surgimento do capitalismo industrial. O compromisso de Marx com a revolução vai mais além do que a militância, Marx estudou a fundo a sociedade da época unindo a teoria com a prática.
Friedrich Engels nasceu em Barmen, na Alemanha, no dia 28 de novembro de 1820, em uma família protestante, religiosa e conservadora. Filho mais velho de um rico industrial naquela cidade. Na juventude, ficou impressionado com a miséria dos trabalhadores das fábricas de sua família. Iniciou suas atividades intelectuais escrevendo poesias. Aos 19 anos começou a publicar artigos com conteúdo democrático na revista da cidade. Ao terminar um estudo sobre o sistema capitalista inglês conheceu Marx, começando aí uma forte e duradoura amizade. Engels foi um dedicado consultor do trabalho de Marx. Em 1848, juntos escreveram o histórico Manifesto do Partido Comunista.
Marx e Engels, não experimentaram as dificuldades de pertencer a uma classe menos favorecida, mas nem por isso deixaram de se sentir incomodados com a dura realidade que viam. Com seus escritos e reflexões incitavam o povo a buscar de forma efetiva seus direitos, percebendo a crueldade do sistema a que eram submetidos. Escrevem em uma época de revoluções na perspectiva de quem busca diretrizes para a revolução de seu tempo e de tempos futuros.
A influência das obras de Marx e Engels na política do século XX é evidente. As questões debatidas por eles ainda estão presentes em nossa sociedade, apegadas às circunstâncias históricas, políticas, sociais e econômicas. Morreram há mais de um século, no entanto o pensamento defendido por eles ainda se aplica a nossos dias. Houve avanços como a emancipação política de alguns países, permanecendo ainda a necessidade de lutar pela emancipação humana.
Nós enquanto educadores, formadores de opinião, com um espaço aberto à discussões e reflexões, não podemos fechar os olhos diante da realidade que vivemos. È comum em nossa sociedade, tão sofrida que presencia inúmeros escândalos, haverem campanhas como por exemplo o voto nulo ou em branco, fazendo com que os cidadãos prefiram uma atitude passiva. Hoje em dia não gostar de política virou discurso de “gente de bem”, uma virtude. Esquece-se todas as implicações desta prática. Pertencemos a um estado onde são claras as relações de dominados e dominantes e não podemos simplesmente abrir mão do direito de se posicionar, pensar e agir em busca de nossos direitos.
É também no espaço escolar, local de pensar coletivamente nas atuais circunstâncias que vivemos, fazer com que nosso aluno perceba-se cidadão atuante, sujeito de sua própria história. Realmente às vezes temos a sensação que para alguns passos dados para frente, há vários dados para trás. Mas nós professores/profissionais temos o dever de trabalhar com as diferenças, exercitar com nossos alunos o viver em grupo, as relações de domínio, a democratização, os direitos e deveres. Só assim estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa, para a formação de homens menos manipuláveis. Precisamos acreditar que em EDUCAÇÃO isto é possível.
Realmente a biografia e alguns textos que li sobre estes dois pensadores/atuantes me fez refletir meu papel de cidadã e professora. Onde posso intervir, de que forma meus exemplos, discurso, postura ética contribuem para auxiliar na formação das gerações futuras?